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Palestra sobre desgaste de materiais - explicações e soluções

sexta-feira, 14 de maio de 2010 12:17

Dr Santiago Corujeira Gallo no auditório do Simecs

Dr Santiago Corujeira Gallo no auditório do Simecs

Inimigo da indústria metal-mecânica, o desgaste de materiais vem sendo estudado no mundo desde meados da década de 1950. Os avanços conquistados desde então pela tribologia (estudo de superfícies em movimento) foram abordados pelo pesquisador Santiago Corujeira Gallo, doutor em Metalurgia e Materiais pela Universidade de Birmingham, em palestra no auditório do Simecs (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul) no dia 5 de maio. O palestrante apresentou para os cerca de 50 profissionais presentes na platéia os tipos de desgaste, com foco no adesivo e oxidativo.  No primeiro tipo, situações como ciclos de deslizamento repetidos em cima de uma peça vão deformando o material até a formação de trincas, as quais acabam gerando lâminas que se desprendem provocando o desgaste. No desgaste oxidativo, condições de alta temperatura e presença de oxigênio promovem a formação de uma camada de óxido, que, ao mesmo tempo em que desgasta levemente a peça, a protege do desgaste mais severo. Na palestra ficou clara a complexidade dos mecanismos de desgaste e a variedade de conhecimento (química, física, engenharias) envolvido no seu estudo e na solução de seus efeitos na indústria.  "Os estudiosos do assunto chegaram à conclusão de que o desgaste está relacionado com diversas condições: tipo de material, propriedades mecânicas, lubrificação, velocidade de deslizamento, temperatura e carga aplicada", explicou Corujeira Gallo. Predizer quanto desgaste sofrerá uma peça, preocupação de muitos profissionais da indústria, é um complicado desafio. De acordo com o palestrante, um processo que inicia como desgaste severo pode virar leve ou médio, por exemplo. Além disso, não existem modelos que possam determinar quanto desgaste sofrerá uma peça. Nesse panorama pouco estimulador para quem precisa aumentar a vida útil de suas peças, o especialista introduziu uma ferramenta que pode ajudar o profissional a entender o problema e achar as possíveis soluções (limpeza da superfície, tratamentos como nitretação e oxidação etc.). Trata-se do mapa de desgaste de aços elaborado em 1986 por dois estudiosos do tema. Nele, considerando poucas variáveis (a pressão imprimida pela carga na peça e a velocidade de deslizamento), consegue-se ter uma idéia dos tipos de desgaste que o material sofrerá e de quão severo será o desgaste ao longo do tempo. A palestra foi um evento do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies - seção Caxias, em parceria com o Simecs. Veja aqui o arquivo da apresentação.

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

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