Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
Estudo valida rotas de redução do óxido de grafeno para obtenção de filmes similares aos de grafeno puro
quarta-feira, 20 de dezembro de 2023 10:27
Reconhecido por suas propriedades notáveis capazes de revolucionar a tecnologia, o grafeno também é conhecido por ser um material de custo elevado devido às limitações dos seus processos de fabricação, na escala industrial. Diante desse cenário, pesquisadores têm optado pelo estudo de materiais derivados.
O óxido de grafeno (GO) é uma forma derivada do grafeno que contém diferentes moléculas oxigenadas em sua superfície. As rotas de síntese do GO são consideravelmente mais viáveis, porém, os grupos oxigenados na superfície dissipam as propriedades elétricas e mecânicas tão almejadas e atrativas do grafeno. Um modo de recuperar essas propriedades consiste na remoção parcial dessas moléculas por aquecimento (redução térmica), resultando no óxido de grafeno reduzido (rGO).
A liberação dos grupos oxigenados durante o aquecimento do óxido de grafeno já é relatada na literatura, gerando diversas propostas de mecanismos de reação. Assim, em um recente trabalho publicado na revista internacional Surface & Coatings Technology, autores da Unicamp e do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, validaram e descartaram vários desses mecanismos propostos. O trabalho foi liderado pelo professor Francisco das Chagas Marques (Unicamp), pesquisador do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.
Os autores utilizaram um espectrômetro de massa durante o aquecimento de GO que, junto a outras caracterizações, permitiu identificar possíveis reações e descartar inúmeras outras que eram propostas teoricamente na literatura, mas não tinham sido observadas na experiência.
Dessa forma, compreendendo como o material se decompõe, os resultados permitiram um direcionamento quanto aos processos de redução do óxido de grafeno para a obtenção de filmes mais próximos dos de multicamadas de grafeno puro.
O artigo referente a essa pesquisa pode ser acessado em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0257897223002992.
Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
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