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Estudo prova que luz visível aumenta a atividade bactericida de micropartículas de cobre

segunda-feira, 18 de março de 2024 10:46

Bactérias representam uma ameaça à saúde humana, especialmente em hospitais, onde são comumente responsáveis por infecções que, além de terem elevada mortalidade, geram custos consideráveis para os sistemas de saúde. Outra grande preocupação relacionada às bactérias é o crescente número de microrganismos resistentes a antibióticos. Por tudo isso, é muito importante desenvolver materiais capazes de eliminar bactérias de superfícies onde podem permanecer ativas por vários dias.

Dentre os metais bactericidas mais estudados, destaca-se o cobre, pois, além de ter propriedades biocidas inerentes, é um material fotoativo. Dessa forma, quando exposto a uma iluminação adequada, o cobre gera mais agentes oxidantes capazes de destruir microrganismos.

Em um estudo recente, liderado pelo professor Carlos Alejandro Figueroa (UCS), pesquisador no Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, foi avaliada a influência da luz visível na atividade bactericida de micro e nanopartículas de cobre - propriedade ainda pouco estudada na literatura científica, especialmente para micropartículas, que, desde o advento dos nanomateriais, têm diminuído a presença nas pesquisas. Os microrganismos utilizados no estudo foram Staphylococcus aureus e Escherichia coli, dois dos patógenos mais mortais na área hospitalar.

Ao comparar os resultados dos ensaios realizados sob iluminação e na ausência de luz, os autores concluíram que a atividade bactericida de micropartículas de cobre foi significativamente superior sob iluminação. Tais resultados se igualaram aos das nanopartículas de cobre, material consideravelmente mais custoso, provando que micropartículas podem ser opções competitivas para essa aplicação.

A pesquisa, que foi totalmente realizada no Brasil, vislumbra a futura incorporação das micropartículas em revestimentos compósitos bactericidas que possam ser aplicados em superfícies de toque comum, roupas e utensílios, com o objetivo de combater a propagação de patógenos. Como as partículas são ativadas por luz visível, o processo de desinfecção poderia ser promovido por exposição ao Sol ou à luz branca convencional.

Mais informações podem ser acessadas no artigo científico publicado na revista ACS Biomaterials Science & Engineering: https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acsbiomaterials.3c01873.

Contato do coordenador da pesquisa: carlos.cafiguer@gmail.com 

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

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