sexta-feira, 21 de maio de 2010 14:32
Desgaste de Materiais - Explicações e Soluções. Este foi o tema da palestra realizada pelo SIMECS em seu auditório no dia 05 de maio. Participaram do evento, profissionais representantes das empresas metalúrgicas envolvidos nos processos de produção e no projeto de peças. Inimigo da indústria metalmecânica, o desgaste de materiais vem sendo estudado no mundo desde meados da década de 1950. Os avanços conquistados desde então pela tribologia (estudo de superfícies em movimento) foram abordados pelo pesquisador Santiago Corujeira Gallo, doutor em Metalurgia e Materiais pela Universidade de Birmingham. O palestrante apresentou os tipos de desgaste, com foco no adesivo e oxidativo. No primeiro tipo, situações como ciclos de deslizamento repetidos em cima de uma peça vão deformando o material até a formação de trincas, as quais acabam gerando lâminas que se desprendem provocando o desgaste. No desgaste oxidativo, condições de alta temperatura e presença de oxigênio promovem a formação de uma camada de óxido, que, ao mesmo tempo em que desgasta levemente a peça, a protege do desgaste mais severo.
Na palestra ficou clara a complexidade dos mecanismos de desgaste e a variedade de conhecimento (química, física, engenharias) envolvido no seu estudo e na solução de seus efeitos na indústria. O desgaste está relacionado com diversas condições: tipo de material, propriedades mecânicas, lubrificação, velocidade de deslizamento, temperatura e carga aplicada. Afirmar quanto desgaste sofrerá uma peça, preocupação de muitos profissionais da indústria, é um complicado desafio. De acordo com o palestrante, um processo que inicia como desgaste severo pode virar leve ou médio, por exemplo. Além disso, não existem modelos que possam determinar quanto desgaste sofrerá uma peça. Nesse panorama pouco estimulador para quem precisa aumentar a vida útil de suas peças, o especialista introduziu uma ferramenta que pode ajudar o profissional a entender o problema e achar as possíveis soluções (limpeza da superfície, tratamentos como nitretação e oxidação etc.). Trata-se do mapa de desgaste de aços elaborado em 1986 por dois estudiosos do tema. Nele, considerando poucas variáveis (a pressão imprimida pela carga na peça e a velocidade de deslizamento), consegue-se ter uma idéia dos tipos de desgaste que o material sofrerá. A palestra foi realizada pelo SIMECS com o apoio do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies - seção Caxias.
Fonte: SIMECS Notícias (boletim impresso) - Maio de 2010
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