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Imagem do mês de maio: minientrevista com a autora.

terça-feira, 27 de maio de 2014 11:35

Na página do mês de maio do calendário do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, a imagem mostra, em cor verde, células obtidas de tecido subcutâneo de camundongo. As células estão aderidas na superfície de um filme polimérico, que foi tratado por plasma frio com descarga de barreira dielétrica a fim de obter uma superfície mais hidrofílica e mais propícia à adesão e proliferação celular.

A imagem foi obtida no Departamento de Análises Clínicas da UFSC por meio de um microscópio de imunofluorescência acoplado a uma câmera fotográfica.

A autora da imagem é Adriana de Melo Gallindo Borges, de 36 anos, pós-doc do Grupo de Estudo em Materiais Poliméricos (POLIMAT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - laboratório participante do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies. Adriana obteve o bacharelado e licenciatura em Química pela UFSC em 2004. Durante a graduação, distinguiu-se por seu índice de aproveitamento, recebendo o Diploma de Mérito Estudantil em três oportunidades. Continuou na área de Química tanto no mestrado quanto no doutorado, ambos realizados na UFSC com orientação do professor Valdir Soldi, coordenador do POLIMAT.

Entrevista com a autora.

1. Descreva brevemente a imagem e conte-nos um pouco sobre o contexto em que foi gerada.

A imagem faz parte do meu trabalho de tese que teve como objetivo inicial preparar e caracterizar filmes porcastinge modificar a superfície dos mesmos através de tratamento por plasma frio com descarga de barreira dielétrica, a fim de tornar a superfície dos mesmos mais hidrofílica. Para tal, foram utilizados os polímeros poliestireno (PS) e poli (metacrilato de metila)(PMMA), com o propósito final de promover a adesão e proliferação de células de fibroblastos L-929. As células L-929 constituem uma linhagem celular de fibroblastos obtida de tecido subcutâneo de camundongos. Os fibroblastos são as principais células que constituem o tecido conjuntivo e são os mais relevantes produtores de colágenos neste tecido.

A imagem foi obtida em um microscópio de imunofluorescência BX41(Olympus), acoplado a uma câmera fotográfica (Olympus C-5060). A imagem mostra a adesão de células de fibroblastos L929 na superfície de filmes de PS/PMMA 1:1 modificados por plasma frio com descarga de barreira dielétrica.

A microscopia de imunofluorescência foi realizada com o propósito de verificar mudanças na morfologia geral, vacuolização, destacamento e lise celular. Para melhor visualização das células, empregou-se o corante laranja de acridina, por ser permeável à membrana plasmática, colorindo as células de verde.

2. Conte-nos um pouquinho sobre a técnica de microscopia de imunofluorescência.

Resumidamente...

Na imunofluorescência, uma cultura de células bacterianas é incubada com um anticorpo, o qual está conjugado com um corante fluorescente. Este conjugado antígeno-anticorpo poderá recobrir a superfície de algumas células, enquanto outras permanecerão sem o conjugado. Com o uso de luz ultravioleta, somente as células recobertas com o conjugado antígeno-anticorpo produzirão fluorescência e aparecerão brilhantes ao microscópio podendo ser consideradas células viáveis.

3. Gostaria de agradecer alguém que tenha ajudado na realização da imagem vencedora?

Gostaria de agradecer à Profª. Dra. Maria Cláudia Santos da Silva e sua aluna Marley Aparecida Licínio do Departamento de Análises Clínicas da UFSC pela ajuda na obtenção da imagem. Igual agradecimento ao Prof. Dr.Valdir Soldipela orientação a mim prestada.

Para entrar em contato com Adriana:adriqmc@gmail.com.

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

Palavras-chave: adesão celular, engenharia de superfície, engenharia de superfícies, filmes poliméricos, imagens científicas, imunofluorescência, Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, polimat