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Equipamento de baixo custo simula a respiração humana em testes para máscaras faciais antimicrobianas

quinta-feira, 15 de junho de 2023 11:26

As máscaras faciais cumpriram um importantíssimo papel no combate à pandemia de COVID-19. E hoje sabemos que esses equipamentos de proteção individual, antes restritos ao ambiente hospitalar, podem nos proteger de patógenos em diversas situações.

Esse contexto tem incentivado o desenvolvimento de novos materiais e novos modelos de máscaras, bem como novos processos e equipamentos para criar e testar esses produtos. Recentemente, uma importante novidade foi reportada por um grupo de pesquisadores da Universidade de Caxias do Sul (UCS) que tem se dedicado a desenvolver materiais bactericidas e virucidas.

Em um artigo científico publicado no periódico Advanced Engineering Materials, os pesquisadores apresentaram um equipamento que permite testar esses materiais em condições muito próximas às de uso. O sistema simula a respiração humana e submete o material a um aerossol com vírus e/ ou bactérias ou, ainda, sem microrganismos, viabilizando a realização dos chamados testes dinâmicos, que são fundamentais para avaliar a eficácia do material na eliminação de microrganismos.

Com o novo equipamento, os pesquisadores da UCS testaram um material desenvolvido por eles: um “tecido não tecido” polimérico, revestido com um filme de cobre por meio do processo de deposição física de vapor (PVD). Formados por um emaranhado de fibras poliméricas, os chamados “tecidos não tecidos” são amplamente usados na fabricação de máscaras faciais porque oferecem boa respirabilidade e, ao mesmo tempo, uma das melhores capacidades de filtrar o ar. Por sua vez, o cobre é um elemento com reconhecidas propriedades virucidas e bactericidas. Este tecido revestido foi caracterizado e testado pela equipe usando uma série de técnicas, inclusive o novo simulador de respiração.

De acordo com os autores, o material apresentou um elevado potencial para uso como camada funcional em máscaras faciais. Outro importante resultado do trabalho foi demonstrar a viabilidade da construção de um simulador de respiração confiável, simples e de baixo custo (menos de R$ 5.000), o qual pode ser utilizado tanto no contexto acadêmico, para testes e análises de tecidos, quanto na indústria, para controle de qualidade ou para pesquisa e desenvolvimento.

A pesquisa reuniu cientistas das áreas de Materiais e Biotecnologia da UCS, inclusive participantes do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies.

Mais informações podem ser obtidas no artigo científico https://doi.org/10.1002/adem.202201504 ou com o Prof César Aguzzoli (caguzzol@ucs.br).

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

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