quinta-feira, 22 de junho de 2023 11:47
Pesquisadores da UFRN e UFERSA estão trabalhando para otimizar a técnica de oxidação por plasma eletrolítico e, por meio dela, modificar de forma controlada a porosidade da superfície do titânio, material amplamente utilizado em implantes e outras aplicações biomédicas.
Em um artigo publicado no periódico científico Results in Materials, os cientistas reportam avanços conseguidos no contexto do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, os quais ajudam a desenvolver implantes dentários de titânio capazes de liberar fármacos. A capacidade de controlar a liberação de fármacos a partir das superfícies dos implantes oferece vantagens significativas nos resultados do implante nos pacientes.
No processo de oxidação por plasma eletrolítico, microdescargas são produzidas na superfície de titânio imersa em um eletrólito apropriado. Essa etapa dura entre 30 e 300 microssegundos (μs), lembrando que 1 microssegundo corresponde à milionésima parte de 1 segundo. Nesse intervalo, muitas espécies são transferidas do eletrólito para a superfície, produzindo revestimentos porosos.
Neste trabalho, foram utilizados pulsos de corrente elétrica com duração de 50 μs e 100 μs para interromper as microdescargas e, assim, controlar as reações químicas entre o eletrólito e a superfície metálica. Dessa forma, os autores conseguiram modificar a superfície do titânio, gerando uma morfologia mais adequada à liberação de fármacos, cujo desempenho está fortemente ligado à porosidade.
O estudo mostrou que um pulso de corrente de 50 μs gerou superfícies com poros uniformes de diâmetros médios menores, além de consumir menos energia elétrica, diminuindo o custo do processo.
A pesquisa abre perspectivas para continuar aprimorando a técnica de oxidação por plasma eletrolítico com o objetivo de produzir superfícies otimizadas para aplicações biomédicas.
Mais informações podem ser obtidas no artigo científico https://doi.org/10.1016/j.rinma.2022.100310 ou com o Prof Clodomiro Alves Junior (clodomiro.jr@hotmail.com).
Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies
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