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Estudo avalia o desempenho de graxas diversas em ensaios que simulam o contato entre trilhos e rodas de trem.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 09:57

As ferrovias são um dos sistemas mais comuns de transporte de cargas no mundo. Todavia, com o passar dos anos, a demanda por mais velocidade e por maior volume de carga vem aumentando a exigência  em  rodas e trilhos, gerando maior desgaste e fadiga nos componentes, os quais se evidenciam na formação de fissuras ou trincas na superfície do material.

Nesse contexto, graxas vêm sendo aplicadas como lubrificantes do sistema, uma vez que promovem a redução do coeficiente de atrito e do desgaste dos materiais, aumentando a vida útil de rodas e trilhos e diminuindo o consumo de combustível do trem. Contudo, ainda há lacunas a serem preenchidas no entendimento da influência da formulação das graxas no seu desempenho.

Um trabalho científico recente, publicado na prestigiada revista internacional Wear, avaliou a influência de dois espessantes, lítio (Li) e cálcio (Ca), e de duas viscosidades de graxas na redução do desgaste e da fadiga de rodas e trilhos ferroviários. O grupo de autores de diferentes universidades brasileiras e da empresa Vale, liderado pelo Prof. Paulo Roberto Mei (Unicamp), pesquisador no Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, concluiu que tanto o espessante quanto a viscosidade da graxa impactam a sua capacidade de reduzir o desgaste dos componentes.

Os autores observaram que, em relação ao agente espessante, o de lítio apresentou melhor desempenho ao desgaste que o de cálcio. Em relação à viscosidade, graxas de menor viscosidade apresentaram melhor desempenho. A combinação desses parâmetros resultou em trincas mais curtas e rasas. Em termos de retentividade, ou seja, o período em que certa quantidade de graxa permanece em contato proporcionando lubrificação, novamente o espessante de lítio superou o de cálcio.

Mais informações podem ser obtidas no artigo científico https://doi.org/10.1016/j.wear.2023.205071.

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies