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Método a plasma frio permite degradar corantes de efluentes sem usar produtos químicos

segunda-feira, 26 de agosto de 2024 11:11

A contaminação das águas é um dos grandes problemas de alguns processos industriais. Alguns contaminantes, por exemplo, certos corantes, são de difícil remoção ou degradação, o que torna necessário o desenvolvimento de métodos eficientes e, de preferência, de baixo custo.

Entre as abordagens para sanar essas dificuldades encontra-se o uso de plasma, tecnologia que foi estudada por um grupo de pesquisadores da Universidade de Federal de Santa Catarina (UFSC) em uma pesquisa recentemente publicada em uma revista científica internacional. “Neste trabalho estudou-se um método de remoção de corantes da indústria têxtil por plasma frio, uma tecnologia nova de baixo custo que se mostra muito eficiente para o tratamento de água”, diz o professor Nito A. Debacher (UFSC), pesquisador no Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies, que coordenou a pesquisa.

Chamado de “quarto estado da matéria”, o plasma é muito parecido com um gás, mas apresenta uma grande diferença: ele tem partículas eletricamente carregadas em quantidade suficiente para afetar seu comportamento e torná-lo muito energético. É um gás parcialmente ionizado, produzido pela ação de descargas elétricas. Por ser gerado a temperatura ambiente, o plasma frio é uma versão ainda mais ambientalmente amigável do que o plasma convencional, o qual já tem baixo impacto ambiental por não utilizar substâncias tóxicas nem gerar resíduos.

No estudo da equipe da UFSC, o plasma foi gerado em um pequeno reator com as tintas dissolvidas em água e gás nitrogênio, usando dois eletrodos, entre os quais ocorreram as descargas elétricas. No meio aquoso, o plasma gerado formou moléculas de elevado poder oxidante que promoveram a destruição de contaminantes.

Os pesquisadores analisaram a reação de degradação de três tipos de corantes usados na indústria têxtil e suas misturas. Surpreendentemente, a degradação da mistura de corantes foi superior (até 21% maior) do que a degradação dos corantes individuais. 

O estudo traz novas ideias para continuar aprofundando a compreensão do plasma, além de abrir possibilidades de uso dessa tecnologia na remediação ambiental.

Mais informações podem ser encontradas no artigo científico, acessível em https://doi.org/10.1016/j.chemosphere.2024.142230.

Fonte: Gerência de Comunicação do Instituto Nacional de Engenharia de Superfícies

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